O Chega ultrapassou o Partido Socialista na contagem final dos votos das legislativas, tornando-se oficialmente a segunda maior força política na Assembleia da República, com 60 deputados contra os 58 do PS.
O Chega ultrapassou o Partido Socialista na contagem final dos votos das legislativas de maio, tornando-se oficialmente a segunda maior força política na Assembleia da República, com 60 deputados contra os 58 do PS. O desfecho foi determinado pelo apuramento dos círculos da emigração, que atribuíram dois mandatos ao partido liderado por André Ventura.
A distribuição final do Parlamento resulta numa Assembleia com a Aliança Democrática (AD – coligação PSD/CDS) como força maioritária, com 91 deputados, seguida agora pelo Chega com 60, e pelo Partido Socialista com 58. Trata-se de um marco histórico para o partido de Ventura, que apenas há seis anos entrava no Parlamento com um único deputado.
A votação da emigração foi determinante para este resultado. Nos círculos da Europa e fora da Europa, o Chega repetiu o bom desempenho de 2024 e conquistou metade dos quatro mandatos em disputa. Essa conquista acabou por desempatar a contagem anterior, onde Chega e PS estavam empatados com 58 assentos.
O resultado consolida uma ascensão fulgurante do Chega, que se torna agora a principal força de oposição no Parlamento, reforçando o seu posicionamento como alternativa política. Em declarações no dia da eleição, André Ventura afirmou que este é um sinal claro de mudança: “O Chega matou o bipartidarismo em Portugal” e é “hoje uma alternativa à governação”.
Este avanço significativo acontece após vitórias inéditas do partido em vários distritos nas eleições de maio, incluindo Faro, Beja, Portalegre e Setúbal. A nível nacional, o Chega obteve 22,56% dos votos, ligeiramente abaixo dos 23,38% do PS, mas o voto da emigração revelou-se decisivo para inverter a ordem na composição parlamentar.