Christian Horner foi afastado das funções de diretor principal da Red Bull Racing, cargo que ocupava desde 2005. Laurent Mekies, proveniente da equipa Racing Bulls, foi nomeado para o substituir.
Christian Horner deixou esta quarta-feira, 9 de julho, a liderança da equipa Red Bull Racing, colocando um ponto final numa carreira de duas décadas à frente de uma das formações mais bem-sucedidas da Fórmula 1. A decisão foi anunciada pela empresa-mãe da Red Bull, que comunicou igualmente a nomeação de Laurent Mekies, até agora diretor da Racing Bulls, para assumir as funções de CEO e diretor principal da escuderia austríaca.
A saída de Horner ocorre num contexto de instabilidade interna na equipa, pouco mais de um ano após ter sido alvo de uma investigação interna devido a alegações de conduta imprópria, das quais foi posteriormente ilibado. Apesar de ter resistido à pressão pública e aos rumores de conflito com a administração, a sua saída apanhou de surpresa o paddock, especialmente após ter marcado presença no Grande Prémio da Grã-Bretanha, no passado domingo, onde Max Verstappen terminou em quinto lugar.
O comunicado emitido esta manhã revela que a decisão tem efeitos imediatos. “A Red Bull libertou Christian Horner das suas funções operacionais com efeito a partir de hoje e nomeou Laurent Mekies como CEO da Red Bull Racing”, lê-se na nota oficial, citada pelo The Guardian. Oliver Mintzlaff, CEO dos Projetos Corporativos e Investimentos da Red Bull, agradeceu a Horner “o trabalho excecional ao longo dos últimos 20 anos”, sublinhando o seu papel determinante no sucesso da equipa.
Durante o período em que esteve ao leme da Red Bull Racing, Horner conduziu a equipa a oito títulos de pilotos e seis de construtores, tornando-se uma das figuras mais influentes do desporto motorizado. A Racing Bulls confirmou, entretanto, que Alan Permane, atual diretor de corrida, assumirá o cargo deixado vago por Mekies. Até ao momento, nem Christian Horner nem a Red Bull Racing prestaram declarações públicas adicionais sobre a saída.
Ao mesmo tempo, a relação entre Christian Horner e Geri Halliwell, mais conhecida como Ginger Spice das Spice Girls, tem estado sob os holofotes desde que começaram a surgir tensões em torno da liderança de Horner na Red Bull. Casados desde 2015, o casal viu a sua vida privada exposta durante o escândalo que envolveu alegações de má conduta por parte de Horner, das quais foi posteriormente ilibado, mas que colocaram pressão adicional sobre o seu casamento. Apesar das especulações sobre um eventual afastamento entre os dois, Geri Halliwell manteve-se ao lado do marido durante os momentos mais críticos, incluindo a investigação interna e os rumores de instabilidade na equipa.
Também a permanência de Max Verstappen na Red Bull está envolta em incerteza, com rumores cada vez mais intensos a apontarem para negociações avançadas com a Mercedes. Segundo Sky Italy, o próprio círculo próximo do piloto holandês terá iniciado contactos com a equipa de Brackley, e um acordo poderá estar iminente, embora ainda sem decisão final da administração da Mercedes.
Apesar do contrato com a Red Bull vigorar até 2028, especula-se que existam cláusulas de saída baseadas em desempenho, uma das quais permitiria a saída caso Verstappen não esteja entre os primeiros classificados até à pausa de verão.