Dois gerentes de uma sociedade com sede na Maia foram formalmente acusados pelo Ministério Público por se terem apropriado de valores da empresa e por falsificação de documentos, num processo que abrange anos de irregularidades financeiras.
Dois administradores de uma sociedade sediada na Maia foram acusados pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, 1.ª secção, por crimes de abuso de confiança qualificado e falsificação de documentos. A acusação refere que os arguidos se apropriaram de fundos da empresa que geriam, cujo capital pertencia a uma sociedade com sede na Suíça.
Segundo o despacho do Ministério Público, entre janeiro de 2017 e junho de 2021, um dos arguidos apropriou-se de um total de 221.492,35 euros da sociedade, através do empolamento de valores de faturação de serviços de consultoria prestados por outra empresa da qual era sócio e gerente, bem como da faturação à sociedade de despesas relacionadas com viagens pessoais, apresentadas como custos da empresa.
O segundo arguido terá apropriado-se de 5.733,00 euros em 2018, por intermédio da faturação de uma viagem pessoal à sociedade ofendida.
O Ministério Público solicitou a perda, a favor do Estado, das vantagens obtidas pelos arguidos e pela sociedade de consultoria do primeiro arguido, requerendo ainda a sua condenação pelos montantes apropriados.