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Há um novo conceito na Maia que pode catapultar o concelho como uma das referências gastronómicas do Bacalhau. A Mercearia do Bacalhau tem lugar físico no centro da cidade como mercearia fina e restaurante e espaço digital, quer via loja online, quer via esta crónica mensal, no jornal Notícias Maia.

Chama-se Mercearia do Bacalhau e começa no digital, podendo utilizar o website (www.merceariadobacalhau.pt) para ter um aperitivo do que aí vem. Já a loja física situa-se na R. Ângela Adelaide Calheiros Carvalho Meneses 266, na Cidade da Maia. Com uma abertura tímida, apenas por convite para os vários testes, vai abrir ao grande público em 2022 e promete ser de visita obrigatória.

Quando o projeto foi apresentado ao jornal NOTÍCIAS MAIA, a química foi imediata. O empreendedorismo maiato aliado à história portuguesa e ao melhor da nossa gastronomia são os três vértices que não nos deixaram indiferentes.

Inauguramos assim o espaço Mercearia do Bacalhau – as estórias do peixe, no NOTÍCIAS MAIA.

Portugal tem uma relação com o bacalhau que leva séculos. As origens desta cultura bacalhoeira remontam aos vikings, o povo nórdico que está na ribalta devido às séries televisivas que muito público têm captado. Foram os primeiros a pescar bacalhau, mas devido à falta de sal, deixavam o peixe a secar nos barcos, ao ar livre.

Ora sal era coisa que os portugueses tinham e que usavam como moeda de troca com os nórdicos: assim, importavam o bacalhau e exportavam o sal.

Já o método da salga no processo de conservação do bacalhau foi introduzido pelo povo Basco. Esta técnica milenar garante uma maior durabilidade aos alimentos, mantendo as suas propriedades nutricionais.

É desta mistura de culturas e saberes que surge a pesca do bacalhau com salga, que espalha a presença deste muito apreciado peixe na gastronomia mundial.

Os primeiros registos de pesca portuguesa do bacalhau datam do século XV, tendo os lusitanos sido os primeiros a pescar na Terra Nova (atualmente Canadá). Aliás, os portugueses chegaram mesmo a dispor de uma colónia fixa na Terra Nova e costa do Canadá, com gente proveniente de Viana, Aveiro e da Ilha Terceira, nos Açores.

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