A Sonae registou um aumento de lucro de 6,4% em 2023, alcançando 357 milhões de euros e propõe o aumento do dividendo para os acionistas.
A Sonae, uma das maiores empresas portuguesas no setor do retalho e com sede na Maia, fechou o ano de 2023 com um lucro robusto de 357 milhões de euros, um aumento de 6,4% comparativamente ao ano anterior. Segundo a empresa, este crescimento ocorre mesmo perante desafios como o aumento dos custos de financiamento, impostos e depreciações, fruto do investimento contínuo em expansão e digitalização dos seus negócios, conforme revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Como reconhecimento ao apoio dos seus acionistas e refletindo a confiança na sua sustentabilidade financeira, a Sonae vai propor, em assembleia-geral, o pagamento de um dividendo de 5,639 cêntimos por ação, marcando um aumento de 5% em relação ao ano de 2022.
Este período foi igualmente positivo em termos de volume de negócios, que cresceu 9,2%, ultrapassando os 8,4 mil milhões de euros. Este incremento foi impulsionado, em grande parte, pela Modelo Continente (MC).
A empresa também registou um aumento no EBITDA, que subiu 7,2% para 990 milhões de euros, com a margem a crescer 0,2 pontos percentuais, apesar dos desafios enfrentados.
A Sonae conseguiu ainda reduzir significativamente a sua dívida líquida, fechando o ano com 526 milhões de euros.
Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, destacou o ano dinâmico e desafiante de 2023, sublinhando a importância de manter o foco na preparação das empresas para o futuro através de iniciativas estratégicas e fortes parcerias.
Para o futuro, a Sonae tem em vista continuar a sua trajetória de crescimento, com ênfase na expansão e remodelação das suas lojas de retalho alimentar e na fortificação da sua estratégia omnicanal na Worten. A empresa também revelou planos de reforço na área de saúde, bem-estar e beleza, destacando a combinação das empresas Druni e Arenal, que permitirá liderar este segmento na Península Ibérica.
Este ano, a Sonae destacou-se ainda pela sua aposta internacional, com investimentos significativos em empresas como a Musti, líder no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, e a aquisição da BCF Life Sciences, em França.