A Comissão de Trabalhadores (CT) da Metro do Porto defendeu esta quinta-feira ser necessário “focar a empresa na melhoria dos resultados operacionais”, afirmando que “mesmo o despedimento de todos os trabalhadores da Metro não iria melhorar os resultados líquidos” actuais.
“Por cada euro gasto, do resultado da nossa empresa, cerca de 0,84 cêntimos vão para pagar a dívida aos bancos, 0,15 cêntimos são custos operacionais e 0,1 são custos com pessoal. Resumindo, mesmo com o despedimento de todos os trabalhadores (incluindo órgãos sociais), a Metro do Porto não iria melhorar os resultados líquidos que tem hoje”, afirma a CT, em comunicado enviado às redacções.
Os trabalhadores não têm dúvidas de que “se o problema da dívida não for resolvido, [a Metro do Porto] irá ter um resultado pior em 2013″.
Fazendo uma análise do relatório e contas de 2012 aprovado na sexta-feira em assembleia-geral, que indicam prejuízos de 491,6 milhões de euros, a CT salienta que os “resultados financeiros negativos de 412 milhões de euros têm a ver com a dívida”.
Para a CT, esta “é a altura de abandonar a estratégia (errada) de delapidação do capital humano e das competências tão arduamente adquiridas na Metro do Porto, e deixar de dispersar energias numa hipotética fusão com a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (que é formalmente impossível de realizar)”.
“O plano de redução de 50% dos trabalhadores da empresa pouparia ao país meio cêntimo de cada euro gasto na Metro do Porto”, sublinham.
Em 2012, a Metro do Porto teve gastos com pessoal de 4,25 milhões de euros, menos 11,4% face a 2011.
Os trabalhadores apontam como solução para a melhoria dos resultados operacionais a realização de “poupanças ao nível da subcontratação”, adiantando ser possível “recorrer às potencialidades e profissionalismo dos trabalhadores da empresa”.
“A Metro do Porto é diária e particularmente injuriada nos jornais pela sua dívida, pelos juros da mesma e pelas opções tomadas para possibilitar o financiamento à construção, cujo endividamento nunca deveria ter sido assumido pela empresa, mas sim por quem a mandou construir: o Estado”, conclui a CT.
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