O Presidente da Ucrânia fez uma intervenção por videoconferência no parlamento português, nesta quinta-feira 21 de abril, numa sessão solene com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias, mas sem a presença dos deputados do PCP. Zelensky falou durante 14 minutos sobre as atrocidades russas no território ucraniano, pediu mais armas para continuar a defender o país e agradeceu o apoio de Portugal.
Volodymyr Zelensky afirmou estar “grato” por falar no Parlamento e recordou as vítimas da invasão Russa. Na região de Kyiv, “os russos nem tentaram arrumá-los nem sepultá-los como deve ser. Mataram para ser divertir, foram torturados”. Já em Chernihiv, revelou que houve pessoas “obrigadas a cantar o hino da Rússia para as humilhar. É a diversão dos russos.”
Zelensky apelou a Portugal, pedindo para se imaginar o que seria a população a fugir do país. “As nossas pessoas não são refugiadas. Tiveram de fugir”.
O presidente ucraniano “espera” que se tenha ouvido falar de Mariupol, “tão grande como Lisboa e perto do mar”. Afirmou que a cidade “está toda incendiada” e que os “Russos fizeram dela um inferno”. Disse ainda que pelo menos 500 mil ucranianos foram deportados para a Rússia, o equivalente a “duas vezes a população do Porto”.
Na sua intervenção, Zelensky sublinhou ainda que o país está a “lutar não só pela sua independência, mas pela sua sobrevivência”, para que ucranianos não sejam torturados e capturados pela Rússia.
Numa referência à história de Portugal, o presidente ucraniano lembrou o 25 de Abril. “O vosso povo vai daqui a nada celebrar o aniversário da revolução dos cravos e sabem perfeitamente o que estamos a sentir”. A seguir a Rússia avançará pela Geórgia e países Bálticos, onde imporá uma ditadura se puder, declarou.
De seguida, agradeceu ao Governo “por todo o apoio, pelas sanções, é muito importante. Espero pela vossa decisão para que defendam o embargo do petróleo”. Pediu ainda que não haja um “único banco russo a funcionar na Europa”.
“Agradeço todo o vosso apoio e ajuda humanitária. Sei que os nossos povos se compreendem”. Zelensky pediu que se lute contra a propaganda russa. “Sejamos livres e apoiemos os livres e civilizados. Acredito que nos vão apoiar porque a Ucrânia já vai a caminho da União Europeia”.
Por fim, o Presidente da Ucrânia pediu que Portugal, quando a entrada na União Europeia for revista, apoie o país e a decisão. “Vocês estão no Oeste, nós mais a Leste, mas as nossas visões são iguais e sabemos que regras, direitos e valores deve haver na Europa”, declarou.
Terminado o discurso, durante cerca de dois minutos todas as bancadas presentes (o PCP esteve ausente) aplaudiram de pé a intervenção do presidente ucraniano, assim como Marcelo Rebelo de Sousa e Augusto Santos Silva.
Além do Presidente da República, presidente do parlamento, primeiro-ministro, presidentes dos principais tribunais, antigos chefes de Estado, deputados, eurodeputados, estiveram também incluídos nos convites outras altas entidades do Estado, como a procuradora-geral da República, a provedora de Justiça, os chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas e dos três ramos, bem como representantes da República para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira ou os presidentes dos Governos Regionais, entre outros.
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