Segundos os dados fornecidos pela Direção-geral da Saúde (DGS), nos últimos cinco dias, o número total de casos positivos na Maia, diminuiu. Porquê?
O número total de infetados pelo SARS-COV-2, o novo coronavírus que provoca a doença Covid-19, no concelho da Maia, segundo as informações prestadas pela DGS no Relatório Diário de Situação, situa-se hoje, 22 de abril, nos 742 casos confirmados. Menos dois do que a 18 de abril, dia em que foram contabilizados 744 positivos.
A 18 de abril a DGS comunicou um aumento de 30 casos, correspondentes a um salto quantitativo de 714 para 744 positivos. Mas nos últimos cinco dias, entre 18 e 22 de abril, não foi contabilizado nenhum novo caso e ainda diminuiu o número total de infetados no município da Maia.
É importante recordar que esta caracterização demográfica dos casos confirmados corresponde apenas ao número total de notificações clínicas no sistema SINAVE e considera, a 22 de abril, apenas 83% dos casos.
A pergunta que o NOTÍCIAS MAIA colocou à DGS: como pode diminuir a quantidade de cidadãos que contraíram Covid-19?
A resposta pode passar pelo fluxo de informação. O tempo de diagnóstico entre realizar o exame, saber o resultado, introduzir os dados no sistema de vigilância SINAVE e relacionar o local de residência do cidadão com o local de ocorrência, tem resultado várias vezes em oscilações nos números.
É possível que um utente de Barcelos seja testado na Maia, sendo registado como um caso positivo no município da Maia e, só depois de realizado o cruzamento de dados com o local de residência, passe a ser contabilizado como um caso de infeção em Barcelos.
Contactada pelo NOTÍCIAS MAIA sobre o caso em específico do município, a DGS esclereceu que “os dados apresentados na área Regiões correspondem a casos notificados no sistema de vigilância, SINAVE, até às 24h00 da véspera imediata à divulgação do boletim”.
“Estes dados podem sofrer pequenas oscilações diárias“, refere a DGS, afirmando que “uma das questões a analisar terá a ver com o elemento que estamos a vigiar: local de residência ou local de ocorrência”.
“Por outro lado, temos de perceber que a informação que é dada pelo Agrupamento de Centros de Saúde pode chegar mais rapidamente e o nível nacional só terá acesso quando as equipas inserirem essa informação no sistema“,
“Um cidadão que é confirmado na região de Aveiro e reside em Faro, fica registado como caso em Aveiro até ser feito o cruzamento de dados com o Registo de residência“, referiu a a DGS.
O que ainda fica por explicar?
Não obstante as razões que podem levar a estas oscilações nos casos contabilizados e sendo natural que o ritmo de propagação no concelho diminua, acompanhando a tendência nacional, ainda é pouco claro, de acordo com a informação disponível, perceber a queda abrupta na propagação da pandemia no concelho.
Para o informar o NOTÍCIAS MAIA procurou mais informação e sabe que não existe ainda uma explicação 100% fiável para estes números, mas também não existe razão para não estarem corretos. Os próximos dias serão determinantes.
Continua ainda a não ser possível avançar com uma explicação para o elevado número de infetados no concelho no início da pandemia. Falta saber quantos testes são realizados e destes quantos são realizados a maiatos, assim como qual o número oficial de recuperados e o número óbitos.
Maia com número de casos absoluto e por 100 mil habitantes elevado, mas com média de crescimento inferior à AMP
Ainda segundo os dados disponíveis, o concelho continua a registar, em relação à AMP, um elevado número de casos por cada 100 mil habitantes.
Contudo a taxa média de crescimento diário na Maia é inferior à AMP e ao resto do país. Com estes últimos dias é inferior a 4%.
Por 100 mil habitantes os concelhos que registam mais infetados são o de Valongo e da Maia, precisamente os que constituem o ACES Maia/Valongo.
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