Miguel Macedo, antigo ministro da Administração Interna e histórico dirigente do PSD, morreu esta quinta-feira, aos 65 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna e figura de destaque do Partido Social Democrata, faleceu esta quinta-feira, aos 65 anos, vítima de um ataque cardíaco. O desaparecimento do advogado e antigo deputado gerou múltiplas reações no meio político, com várias figuras a lamentarem a sua morte e a recordarem o seu percurso.
O PSD emitiu uma nota de pesar onde descreve Miguel Macedo como um “homem bom” cuja partida representa uma grande perda para o país e para a “família social-democrata”. A direção nacional do partido manifestou condolências à família e amigos.
O primeiro-ministro Luís Montenegro, que conviveu com Miguel Macedo ao longo de vários anos, sublinhou que o ex-ministro foi “um político que serviu o país em várias circunstâncias”, tanto no Parlamento como no Governo e nas autarquias. “É com grande tristeza que vemos partir um homem sério, determinado, um amigo, um homem de pensamento e de ação”, afirmou o chefe de Governo.
Miguel Macedo nasceu a 6 de maio de 1959, em Braga. Licenciado em Direito, começou o seu percurso político na Juventude Social Democrata e na Associação Académica de Coimbra. Foi eleito deputado pela primeira vez em 1987, tendo cumprido mandatos sucessivos até 2009. No Governo, ocupou o cargo de secretário de Estado da Juventude no Executivo de Aníbal Cavaco Silva e, mais tarde, foi secretário de Estado da Justiça nos Governos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes.
Em 2011, assumiu a pasta da Administração Interna no Governo de Pedro Passos Coelho, mas demitiu-se em 2014, após ter sido envolvido no “caso dos vistos gold”. Foi acusado de três crimes de prevaricação e um de tráfico de influência, mas acabou por ser absolvido de todas as acusações em janeiro de 2019.
Nos últimos anos, Miguel Macedo dedicava-se à advocacia e à análise política, tendo integrado o painel de comentadores do programa O Princípio da Incerteza, da CNN Portugal, em 2024.